2 de fevereiro de 2017

Júpiter em libra e escorpião (2017)

você pode confiar no outro?


De todas as coisas maravilhosas que observo na poética das estrelas, os ciclos dos planetas de longe, é o que mais me fascina. Cada signo por onde os planetas passam, munidos também de suas próprias características, trazem para nós espectros da experiência humana e dos ciclos que nós próprios temos também que percorrer, para transcendermos tudo aquilo que em nós precisa ser superado. E como um arquétipo de forte influência para esse ano, Júpiter vem expandir um assunto que muito precisa ser debatido em nosso tempo: nossas relações com os outros, as parcerias e os relacionamentos. Você pode confiar no outro? Você está em relacionamentos que se sustentam na intenção de caminhar junto? Eles contemplam sua experiência subjetiva/individual?


Libra, signo que simboliza a balança, é além de um arquétipo da justiça, um símbolo também das parceiras, pois tem vinculação com a casa 7 - a casa do outro. É aquele que põe a prova, que questiona, que coloca na balança todos os aspectos de uma questão, a fim de julgar se há desequilíbrio de alguma parte. Com Júpiter nesse signo, a justiça se expande: não é mais possível manter relacionamentos onde uma das partes se beneficia mais do que a outra, não é possível manter relações de fachada, não é possível mais usar as pessoas como se elas fossem meros objetos para nosso prazer. Pois Libra colocará na balança, e o que tiver de ter fim, terá. Justiça seja feita.

Desde que Júpiter entrou nesse signo (em outubro do ano passado), não só muitos relacionamentos amorosos tiveram fim, como amizades e também parcerias. Pude ver isso tão de perto de forma tão avassaladora que mesmo todo o meu ceticismo (que acreditem, possuo) não pude deixar de sentir que estamos na crista da onda. É tipo um estupor: ou vai ou racha. E que permaneçam as relações verdadeiras! Pois o mundo que necessitamos construir, não merece menos do que pessoas se relacionando de forma mais plena, menos escusa, menos desonesta, menos egocêntrica.

E como a poética das estrelas só consegue ficar ainda mais bela, o que sobrar de injustiça após a passagem desse planeta por Libra, será trazido a tona à partir do ingresso dele em escorpião. E aí meus amigos, o que estiver oculto, com certeza vai vir a tona. Porque ele expande o submundo daquilo que está intimo em nós, e então toda podridão, toda desonestidade que cometemos com o outro, todos os aspectos de dominação e controle que exercermos e tentamos sutilmente manter em segredo, finalmente vai subir como cheiro de um esgoto que finalmente é destampado.
e todos vão poder ver as merdas que ainda fazemos com as pessoas.

Por fim, basicamente diria então, que quem não aprender pela diplomacia libriana, vai sentir o doce veneno de escorpião. Eu particularmente estou extasiada com esse movimento, porque acredito que já passou da hora de sermos incomodados na forma como nos relacionamos com o outro. Essa coisa de estabelecer experiências efêmeras, objetivadas pelo simples prazer individual, sem empatia, que reproduz esse mundo de mercadorias, onde as pessoas se relacionam de forma objetificada, precisa ser problematizado. O mundo está mudando.É necessário que reflitamos sobre quais tipos de relações gostaríamos de manter como fundamento da experiência humana.
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The way is better when walking together
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